3. A importância do capacete
Quem aprecia capacetes mais “arejados” para o tempo frio deve repensar essa estratégia. Um capacete jet não é, de todo, o seu melhor aliado no frio, muito pelo contrário. Se puder, pode até ter mais que um capacete para utilizações em épocas diferentes do ano.
A ventilação do capacete é essencial, mas deve ser usada com inteligência. Não é à toa que os capacetes costumam ter os canais de circulação frontais com um mecanismo que permite o seu fecho e, por conseguinte, reduzir a circulação do ar, melhorando o conforto térmico.
Seja cuidadoso na escolha do capacete. Não olhe apenas para a decoração, a marca ou o modelo. O conforto térmico é importante e é nos meses mais frios (ou mais quentes) que mais se vai aperceber disso mesmo! Também acessórios como o pinlock ou película anti embaciamento, fazem ainda mais sentido nesta época e são um investimento também no conforto e segurança! Ter de circular com a viseira aberta e temperaturas negativas para evitar o embaciamento… não obrigado!
4. A escolha do blusão/casaco
É natural que tenhamos os nossos gostos por marcas ou cores, mas se a componente de estética e segurança é fundamental, também a dimensão do conforto térmico não pode ser esquecida, sobretudo na escolha da roupa mais invernosa.
A escolha de materiais de qualidade superior pode não estar ao alcance de todos, mas um bom forro, destacável, é essencial e faz toda a diferença, tal como conhecer devidamente o seu casaco e perceber as suas caraterísticas e estratégias que tem para melhorar o isolamento e, ao mesmo tempo, garantir alguma respirabilidade.
Para casos mais extremos há sempre a possibilidade de adquirir um equipamento que tenha aquecimento interior, geralmente conseguido por meio de uma pequena bateria. Talvez não seja necessário para a maioria de nós e das nossas utilizações, mas acreditem que faz milagres e pode transformar a experiência da condução.
5. A importância de umas boas luvas de inverno
As extremidades são, regra geral, as áreas mais fustigadas pelo frio e as mãos, menos irrigadas, estão muito expostas, mesmo que a moto tenha proteções de mãos. Além disso, o desconforto causado pelo frio nas mãos é particularmente perigoso pela perda de sensibilidade.
Quando adquiriu a moto e ficou indeciso entre um escape espetacular ou os punhos e bancos aquecidos e um ecrã regulável… pense que quando andar de moto no inverno o escape não lhe fará falta, mas os punhos aquecidos ou mesmo o selim e o ecrã em posição mais elevada talvez sejam muito úteis.
Uma alternativa aos punhos aquecidos podem ser umas luvas aquecidas e mesmo umas proteções para os punhos, também conhecidas por sobre luvas ou manápulas, dão uma boa ajuda, mas o ponto de partida deve começar por ter umas boas luvas de inverno. Não precisam de custar uma pequena fortuna e duram vários anos, se tivermos algum cuidado com elas.
6. Não negligencie nunca as calças
É um facto que algumas motos, não apenas as scooters, oferecem alguma proteção contra o frio, dado o seu próprio desenho e até o motor, em alguns casos, pode ter canais para conduzir o calor do motor até si, mas as calças são essenciais e umas cobre pernas, como as usadas nas scooters, ajudam, mas não são viáveis em todas as motos.
Não se iluda a pensar que umas calças são suficientes para o ano inteiro, mas se tiver de ser, escolha umas com forro que depois pode retirar. Em desespero de causa um corta-vento para as calças também pode dar uma ajuda e ser um bom aliado contra o frio. Também pode melhorar o conforto térmico pelo interior, mas já lá vamos.
A zona genital costuma ser bastante fustigada pelo frio (não vamos fazer piadas sobre isso) e um assento aquecido dá uma dose extra de conforto, mas umas boas calças são uma peça de equipamento crucial, sobretudo se pretender fazer viagens maiores a temperaturas mais baixas.