2 – Que pneu escolher?
Este ponto segue em linha de consonância com o anterior. Tem muito a ver com os gostos pessoais e o fim a que se destina. Fundamental também analisar a questão das dimensões do pneu (apresentadas no respetivo Livrete/Documento Único), por questões de segurança e também porque será, certamente, um item inspecionado nas futuras Inspeções (IPO).
Neste caso concreto, o facto de as medidas serem algo “estranhas” 3.00 – 21 51P (respetivamente largura, diâmetro e limite de velocidade de 150 km/h), complica a tarefa de escolher e reduz o leque da oferta. Em rigor, a medida aproxima-se de um mais tradicional 90/90 – 21, mas será que vão implicar com as IPO? Procurava-se um pneu do tipo trail, mas já com reais capacidades de circular fora do asfalto. A escolha acabou por recair num Mitas nas medidas indicadas no manual e no DUA.
3 – Tenha tudo preparado antes de começar
Tenha ou não ajuda nesta tarefa, antes de começar importa garantir que tem o material necessário para a concluir com sucesso. Ferramentas, forma de elevar a moto, compressor de ar ou equivalente e, muito importante, o “manual da moto”. Esta verdadeira Bíblia vai ser-lhe muito útil, pois tem toda a informação, nomeadamente em termos de binários de aperto e outros pontos fundamentais.
Se possível, faça o trabalho num espaço arejado, limpo e com um local específico para ir depositando tudo o que for desmontando, até para garantir que não vão sobrar/faltar peças. Lembre-se que, sobretudo nas primeiras vezes, vai levar mais tempo e exigir mais esforço. Ver antes online alguns tutoriais também até ser uma boa ajuda.
4 – Processo de desmontagem
Já tem a moto num local adequado e vai deitar mãos à obra, de preferência com luvas. Alivie os dois parafusos de fixação na suspensão, depois o parafuso do eixo da roda com uma chave adequada e quando retirar o eixo da roda esta sai com facilidade, mas ainda há muito mais para fazer.
Esvazie por completo o ar no interior do pneu/câmara de ar, podendo mesmo desmontar a válvula para esse efeito. Retire o parafuso que impede a válvula de entrar no pneu e mãos à obra. Esta fase é crucial. No nosso caso, usámos três desmontas, dois maiores e um mais pequeno. O trabalho pode ser feito sobre o novo pneu e com o auxílio dos joelhos.
Especial atenção para não “trilhar” a câmara de ar e para ir fazendo de forma gradual e ir colocando as chaves, uma a uma, a curtas distâncias. Quando tiver finalizado de um dos lados, retire cuidadosamente a câmara e repita o processo do lado oposto e fica com a jante livre. Já é uma primeira vitória.