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Recordar – Yamaha RD 350 LC – Genes de viúva negra

Redação Por Redação
21 Abril, 2025
em Testes
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A Yamaha RD 350 LC (Road Developed ou será mais Race Developed?) representou um marco importante no mercado das motos a dois tempos que eram, ao mesmo tempo, dotadas de uma excelente performance e de custos de aquisição mais reduzidos face às caras motos a quatro tempos da época, com o dobro ou mais de cilindrada, para valores de potência equiparados.

POR: Pedro Pereira
Fotos: Paulo Calisto

A primeira RD 350 chegou ao mercado em 1973 e tinha performances assombrosas, mas a ciclística, nomeadamente o deficitário sistema de travagem, tinha dificuldade em lidar com tanta potência. Associado a este facto está a inexperiência de muitos dos seus condutores e, claro, que tinha tudo para correr mal. Já o triste apelido de “Viuva Negra” manteve-se mesmo nas gerações seguintes, ainda que de forma injusta, porque a moto foi sendo bastante melhorada a todos os níveis, nomeadamente a travagem.

Uma história única

A Yamaha conseguiu afirmar-se no mercado global dos motociclos em poucas décadas e, durante vários anos, a sua aposta foi nos motores a dois tempos, onde tinha mais experiência e conseguia colocar no mercado produtos com um preço mais baixo, mas com elevadas performances.

Quando chegou ao mercado em 1973, o sucesso da RD foi imediato! O novo modelo da marca dos diapasões, herdeira das DS7 e R5, tinha tudo para conquistar o mercado: elevadas prestações do seu motor, estética jovem e numa diversidade de cilindradas ao longo dos anos: 90 cc, 135 cc, 200 cc, 250 cc e 350 cc, 400 cc e até 500 cc, mas vamos focar a nossa análise apenas na 350 cc que representava um ponto intermédio na hierarquia, foi comercializada entre nós e é, na atualidade, uma moto de culto.

Leia também: Recordar – Yamaha XT 350 – A “Cross-Trail” equilibrada

Debitava cerca de 39 cv de potência às 7500 rpm e um binário de 40 Nm às 7000 rpm para um peso em ordem de marcha inferior a 150 kg, o que fazia dela quase uma moto de corridas. Tinha apenas um travão de disco à frente, tambor atrás, dois amortecedores traseiros, refrigerada a ar e não dispunha de válvula de escape. Até às 5000 rpm quase não havia motor e daí para a frente tornava-se num foguete difícil de parar!

A Versão LC (Liquid Cooled) surgiu em 1980 e só algum tempo depois passou a ser equipada com duas válvulas de escape (YPVS – Yamaha Power Valve System) que lhe mudaram quase por completo o comportamento. A ideia, genial, era bastante simples: duas pequenas borboletas, colocadas cada uma nas janelas de saída do cilindro. Estavam quase fechadas a baixa rotação e iam abrindo gradualmente até que, por volta das 5000 rpm abriam por completo, deixando sair os gases sem restrições. Conseguia-se assim uma resposta mais agradável em baixas rotações, sem nunca abdicar da tradicional potência nos regimes mais altos.

A pressão ambiental começou a ser mais alta e a marca percebeu que os motores a dois tempos começavam a ser menos populares. Ainda que sujeitando o modelo a novas atualizações e melhorias ficou claro que o seu destino estava traçado, mesmo que o motor tenha tido outras utilizações, nomeadamente na popular Banshee (uma moto 4 muito especial).

Prioridade à Performance

Uma Yamaha RD 350 LC era e continua a ser, desde que devidamente afinada e mantida, uma moto em que as prestações do seu motor são o principal motivo de destaque e não é à toa que vários dos seus blocos acabam por ter outras utilizações.

São comuns as suas utilizações na Banshee (segundo a cultura celta, é uma fada maquiavélica) com a mais-valia de estar equipada com YPVS, que a Moto 4 não tinha, e até em outras motos com ciclística mais atual, caso da Cagiva Mito, sobre a qual falaremos numa próxima crónica.

Se é um facto que até chegarmos às 5000 rotações os valores de potência e binário são perfeitamente normais, começa aí a mutação e o motor transfigura-se, tal como a melodia dos escapes e a potência consegue chegar a uns estonteantes 59 cv às 9000 rpm (daí para a frente começa a cair abruptamente) e o binário é de 46,5 Nm às 8500 rpm. Tudo isto num motor de dois cilindros com apenas 347 cc e um peso em ordem de marcha a rondar os 160 kg!

Sensações de condução

Um agradecimento público ao Elias Alves, feliz proprietário desta fantástica RD 350 LC de 1983, neste caso concreto uma versão semi-carenada (K31) que veio importada da Alemanha, para dar mais colorido e alegria ao parque de motociclos nacionais.

Conseguir esta moto, que agora está num estado quase de concurso, foi para ele a concretização de um sonho antigo e para mim, que nunca a tinha conduzido, a oportunidade de perceber que mesmo com todas as suas limitações, andar nesta RD é a garantia de muitos sorrisos, de orelha a orelha.

A estética é soberba, as linhas são desportivas sem exageros e a posição de condução bastante neutra, sem que nos sintamos forçados a fazer uma curvatura das costas exagerada. Talvez seja mesmo mais “Road Developed” e menos “Racing”, o que só abona a seu favor.

Muito fácil de colocar em funcionamento (motor a dois tempos) tem uma idiossincrasia típica da engenharia da década de 70’: antes de acionar o “kick” com a bota direita convém recolher o pousa-pés porque fica exatamente no caminho e embater nele pode ser doloroso. Já agora, depois do motor em funcionamento, importa colocar o pousa-pés na sua posição e, se possível, antes de arrancar para evitar malabarismos com a perna direita, como sucedeu comigo.

Esta peça de relojoaria japonesa, apesar da baixa quilometragem indicada, menos de 10 000 km, já foi alvo de um carinho mecânico tendo levado o “kit” de pistões para lhe devolver a forma original e os equídeos estão lá todos, sendo que se tornam omnipresentes a partir das 6000 rpm e preguiçosos a partir das 9000 rpm, altura em que as velocidades são já proibitivas e a vibração notória. Aliás, ver a agulha no taquímetro, colocado em posição central, disparar entre as 6000 e as 9000 rpm é inebriante.

É uma modificação comum a troca dos discos perfurados com formato de ranhura por uns perfurados simples, seja porque os originais são frágeis, seja porque são bastante caros e difíceis de encontrar, mas o facto é que a travagem cumpre, desde que não se adote uma condução mais viva. Aí até o quadro e as suspensões começam a mostrar as suas limitações, tal como os anoréticos pneumáticos: apenas 90/90-18” à frente e 110/80-18” atrás.

Ainda uma modificação comum é retirar o “miolo” dos escapes, ajudando a que o motor respire melhor, sobretudo nos regimes mais elevados. O problema é que o ruído acaba por se tornar mais forte e os consumos em nada são beneficiados. De qualquer modo, abordar a questão dos consumos (óleo e gasolina) é nesta moto algo de importância relativa e já sabemos que usando tudo o que o motor tem para dar os 20 litros do depósito não chegam para 200 km!

Notas finais

Apesar do problema crónico das emissões dos motores a dois tempos, não há como negar que estão na moda e a atingir valores de transação incríveis, mas não é difícil de perceber porquê, mais ainda depois de testar esta RD 350 LC e ficar completamente rendido à performance do seu motor.

Todos sabemos que uma moto não é só o motor e abundam os exemplos em que o principal destaque não vai para a unidade motriz, mas nesta pujante RD 350 LC o relevo vai mesmo para o vigoroso bicilíndrico. O Elias que me desculpe, mas a vontade de vir nela para casa foi imensa!

Yamaha RD 350 LC

Pontuação:

Estética4
Prestações4,5
Comportamento3,5
Suspensões3,5
Travões3,5
Consumo3

Ficha técnica:

Motor Bicilíndrico a dois tempos, refrigeração líquida
DistribuiçãoGasolina com mistura (autolube) e duas válvulas de escape (YPVS)
Cilindrada347 cc
Potência59 Cv às 9000 rpm
Binário46,5 Nm às 8500 rpm
EmbraiagemManual, acionada por cabo
FinalCorrente
Caixa6 velocidades
ArranquePedal
QuadroDuplo berço, em aço
Suspensão dianteiraForquilha telescópica convencional, curso 140 mm
Suspensão traseiraMono amortecedor, com 100 mm de curso
Travão dianteiroDois discos de 267 mm, pistão simples
Travão traseiroDisco de 267 mm, único pistão
Pneu dianteiro90/90-18
Pneu traseiro110/80-18
Comprimento total2120 mm
Largura total710 mm
Altura total1175 mm
Distância entre eixos1385 mm
Altura do assento800 mm
Peso164 kg (a cheio)
Depósito20 litros
CoresVariáveis ao longo da sua produção (1980-1994)
Preço–
ImportadorYamaha
Tags: destaqueRD350 LCRecordarYamaha

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