Marrocos e as suas provas que antecipam o Dakar de 2019 ditaram sortes distintas para os pilotos portugueses. Enquanto António Maio teve um dia muito atribulado no Merzouga Rali, Mário Patrão foi de novo o mais rápido no segundo dia do Morocco Desert Challenge depois de ter disputado um setor seletivo de 470 quilómetros cronometrados que teve início em Plage Blanche e segue rumo a leste através do leito do rio Draa até Touzounineque.
O piloto da equipa Yamaha Fino Motor Racing, António Maio, enfrentou uma etapa de 206,71 km repartida por duas Boucles com uma navegação bastante complicada com dunas, areia e zonas de água. Apesar de todos os contratempos que o fizeram perder imenso tempo António Maio não baixou os braços. “Hoje foi um daqueles dias muitos complicados que por vezes acontecem nas corridas.
Se as dificuldades já eram enormes tudo se tornou mais difícil sem ter a minha disposição os necessários instrumentos de navegação. Tentei fazer o melhor possível, mas perdi-me muitas vezes e com isso o tempo foi-se acumulando. Infelizmente isto aconteceu numa etapa dificílima de navegação.
No ano passado não tivemos nada deste género”, referiu António Maio atual Campeão Nacional e líder do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno 2018. A etapa foi ganha por Joan Barreda numa jornada em que os pilotos das equipas de fábrica exerceram um natural domínio.
Quanto a Mário Patrão, segue de vento em popa no Morocco Desert Challenge. O piloto inscrito pelo CRÉDITO AGRICOLA KTM BAHCO seria todavia penalizado em dez minutos sem que isso o tenha feito perder a liderança da prova que continua a ocupar agora com uma vantagem de 10m03s para o segundo classificado.
Mário Patrão que participa nesta grande maratona africana com o objetivo de preparar a sua participação na edição de 2019 do Dakar enfrenta amanhã uma etapa que começa com a lendária pista do Dakar que atravessa a maior zona militar do sul de Marrocos com paisagens desoladas, mas lindas.
Depois de percorrer o Lago Iriki, a etapa cruza as dunas do Chegaga e, através de pistas arenosas e sinuosas, até ao bivouac em Erg Lihoudi, também conhecido como “as dunas dos judeus”.