Domingo, dia da corrida
A chuva intensa e inesperada fez-se notar este domingo, justamente quando a corrida longa do fim de semana, com 24 voltas previstas, estava prestes a começar. Já em formação na grelha de partida, a chuva já se notava pelas equipas e após o arranque, e ao longo da primeira volta, deu-se a possibilidade de os pilotos poderem trocar de motos. A chuva foi aumentando significativamente e literalmente inundou a pista a meio da corrida, de modo que teve de ser interrompida após 12 voltas, sendo demasiado perigoso para os pilotos continuarem.
Miguel Oliveira, que costuma conseguir rapidamente adaptar-se condições de chuva, voltou a mostrar o seu talento. Largou de P16, trocou de moto após a primeira volta e ficou em P11 no final da segunda volta. Progrediu rapidamente no pelotão e já estava em quinto no final da sexta volta, tendo feito outra ultrapassagem para quarto, na sétima volta. Oliveira estava de punho enrolado e a dar tudo, mas a viseira do seu capacete estava a ficar cheia de água, o que o levou a parar no final da volta 12, depois de ter conseguido agarrar uma forte sexta posição antes.
Na verdade, estava a rodar bem, as transições entre bandeiras [vermelhas] foi tranquila, sem grandes problemas. Troquei de moto e comecei a corrida no molhado e estava a sentir-me bastante competitivo. Depois, com mais chuva senti-me ainda melhor, a moto estava a comportar-se bastante bem. Mas então, três voltas antes de abandonar, comecei a ter dificuldade para ver. Não conseguia ver nada e isso nunca me aconteceu, nem conseguia ver onde ia colocar as rodas. Havia muita água e eu dizia a mim mesmo para ter calma e não desistir. Ainda percorri meia-volta, mas a minha corrida terminou. A minha equipa puxou a moto para a garagem, o que complicou a voltar à pista, mas finalmente consegui reiniciar do pit lane, mas a corrida já estava encerrada.
O português acabou por ser classificado em P18 quando a direção de corrida decidiu que as condições eram demasiado arriscadas para correr. O piloto português da CrytoDATA RNF MotoGP Team teve assim que deixar o Japão sem pontos, mas já está ansioso pela próxima etapa em menos de duas semanas em Lombok, onde venceu o primeiro Grande Prémio da Indonésia no ano passado.
Na frente, Francesco Bagnaia continua líder, mas com apenas mais três pontos que Jorge Martin, ou seja, 319 contra 316. A fechar o pódio está Marco Bezzecchi com 265 pontos. Oliveira ocupa a 13.ª posição com 69 pontos.