Gonçalo Ribeiro tem motivos para todo o tipo de emoções nestas três semanas que está a viver o mundo das corridas. Gonçalo regressou ao Campeonato Nacional de Velocidade na classe de PreMoto3, para vencer com autoridade, depois de arrancar da ‘pole-position’, estabelecendo o recorde do Autódromo Internacional do Algarve na sua classe.
“Esta corrida em Portimão foi excelente, tudo correu como preparado, liderámos as sessões, vencemos a corrida, fizemos a volta mais rápida e batemos o recorde da pista na nossa classe. Foi excelente! Além da luta pelo campeonato nacional, que consideramos sempre como uma das nossas prioridades, a passagem por Portimão serviu acima de tudo, como teste para as próximas rondas do ESBK, onde temos estado em destaque também nas PreMoto3.”
Na semana seguinte, Gonçalo rumou ao Circuito de Jerez-Angel Nieto para disputar a penúltima prova do ano da Hawkers European Talent Cup. A passagem do FIM CEV Repsol pelo traçado andaluz tinha em agenda as habituais sessões de qualificação no sábado e duas corridas no domingo. Desde sexta-feira que o piloto de Lousada lutou por um dos lugares para a grelha de partida de ambas as corridas, e de facto os tempos realizados por Ribeiro, colocavam-no no lote dos pilotos capazes de completar esse objectivo.
No entanto, a diferença de tempos no alinhamento dos dois grupos de pilotos, determinou desde cedo a colocação do piloto português. Com a grelha de partida a ser formada com o critério de posição, embora o tempo do #73 o colocasse dentro dos lugares disponíveis, a ordenação da mesma colocou Gonçalo a caminho da corrida de repescagem, com pilotos colocados à sua frente com tempos mais lentos.
Depois do “pesadelo” vivido no Circuito de Jerez-Angel Nieto, a Lousaestradas Racing Team apontou baterias à nova ronda de ESBK – Campeonato de Espanha de Superbike, a decorrer no Circuito de Navarra. Depois da dupla vitória em Barcelona, piloto e equipa iniciaram os trabalhos com a ambição de renovar a boa prestação.
No progresso das sessões de treinos, o jovem piloto conseguiu as melhores afinações aos comandos da sua Beon, registando o segundo melhor tempo na primeira tomada de tempos, e a oitava marca na derradeira sessão, após sofrer duas quedas, sem consequências físicas, mas que obrigaram a toda a equipa a um trabalho acrescido. Na qualificação, Gonçalo assinou o quinto melhor tempo, colocando-o no comando de duas corridas que virias a provar ser as melhores da temporada.
A primeira corrida já revelava a qualidade e ritmo de como iria ser todo o fim-de-semana em Los Arcos. Gonçalo saltou da quinta posição para atacar os melhores em prova. Quando seguia na quarta posição, no grupo que lutava pela vitória, foi a altura em que a sua moto deixou de colaborar, sem explicação aparente, forçando-o a abandonar entrando na linha de boxes. Ainda assim, Ribeiro deixára a sua marca na corrida e prometia lutar pela vitória na segunda corrida do evento. Esta, em contraste e como previsto, viria a ser uma das mais disputadas nesta temporada. Ribeiro partiu da 11ª posição da grelha, subindo seis lugares ainda na primeira volta. À medida que a corrida ia cumprindo cada uma das 13 voltas ao traçado espanhol, a moto #73 progredia na classificação, “aterrando” no comando da corrida com metade das voltas cumpridas.
Gonçalo lutou com todas as forças pela manutenção da liderança na corrida, durante várias voltas, sacrificando no entanto, os pneus no processo. O piloto da Lousaestradas Racing Team pisou, pelo desgaste acentuado, a zona verde fora dos correctores da pista, sendo advertido mais do que uma vez. Jogando todas as suas cartas na luta de sete pilotos pelo comando, Ribeiro perdeu cinco lugares, passando a bandeira de xadrez na sexta posição, para perder um lugar mais tarde, por penalização dos erros anteriores.
Uma vez mais Gonçalo Ribeiro provou ter ritmo para liderar o campeonato espanhol, depois da vitória em solo catalão e lutando uma vez mais pela vitória em Navarra. Neste momento, ocupa a 10º posição nos pontos, após duas provas disputadas e promete continuar neste registo até ao final do ano. Esta, continuará a ser uma das três frentes que o piloto lousadense irá enfrentar até final de 2021, na expectativa de emoções diferentes nas últimas jornadas.