Primeiro passo da campanha Reflorestar Portugal de Lés-a-Lés, Góis recebeu esta sexta-feira 400 castanheiros para ajudar os habitantes das áreas afetadas pelos devastadores incêndios dos últimos anos na recuperação das zonas ardidas.
Foram dezenas as pessoas que, à hora marcada, apareceram no Largo do Pombal, para receber as árvores autóctones doadas pela Federação de Motociclismo de Portugal à Câmara Municipal de Góis, sublinhando o sucesso da iniciativa reveladora da solidariedade de todos os motociclistas. De Norte a Sul do país.
Momento de esperança para populações que viram arder não só a floresta como terrenos de cultivo e mesmo algumas habitações, como as 10 casas atingidas na aldeia do Sobral, mas que, longe de desistir, entregaram-se de ‘alma e coração’ à árdua tarefa de retomar a normalidade de uma vida ameaçada pelas chamas. Resiliência que a FMP fez questão de sublinhar, durante a cerimónia de entrega no centro de Góis, acompanhada de útil explicação de como plantar, cuidar e enxertas estas árvores, em pequena ‘aula’ dada pelo motociclista e produtor de castanheiros da serra da Padrela, Leonel do Adro.
Entrega às pessoas que atempadamente se inscreveram junto da edilidade goiense e que foi acompanhada por folhetos que explicam as vantagens de plantar uma árvore autóctone em detrimento de uma espécie não natural da região, como a maior resistência a incêndios, promoção de solos mais férteis, de nascentes com mais água e melhor qualidade de paisagens e de vida a quem a rodeia.
A entrega das restantes 2800 árvores autóctones, dos carvalhos-negrais, sobreiros e azinheiras, aos medronheiros e pinheiros-mansos, passando pelos choupos-brancos, cerejeiras-bravas, bordos e carvalhos-robles prosseguirá, durante o mês de fevereiro, em concelhos de norte a sul do País. Áreas flageladas por incêndios florestais nos últimos anos, de Trás-os-Montes ao Algarve, de Boticas a Silves, atravessados pela última edição do Portugal de Lés-a-Lés Off-Road, em setembro de 2017.