Estamos em pleno inverno. Os riscos para quem anda de moto são ainda maiores, em particular quando as condições climatéricas são mais adversas, nomeadamente para conduzir quando existe a formação de gelo, como podemos ver neste caso real.

Estamos em pleno inverno. Os riscos para quem anda de moto são ainda maiores, em particular quando as condições climatéricas são mais adversas, nomeadamente para conduzir quando existe a formação de gelo, como podemos ver neste caso real.
Em Portugal o número de motociclistas na época invernal reduz-se bastante. São muitos os que hibernam as suas motos, seja por escolha pessoal, receio de acidente ou qualquer outro motivo. Porém, também são muitos, cada vez mais, os que continuam a usar a moto mesmo nestas condições mais hostis e a conduzir mesmo com o risco da formação de gelo.

Sobretudo a pensar nestes últimos, deixamos um conjunto de dicas para mitigar os riscos e que podem fazer a diferença:
- Circular devidamente equipado. Claro que esta recomendação é transversal a todo o ano. Contudo, no inverno assume maior importância já que o equipamento adequado garante maior conforto e proteção, sendo que o risco de acidente ou queda, por razões ligadas à meteorologia, aumenta exponencialmente.
- Ter especial cuidado com os pneus. Nunca devemos facilitar. A pressão adequada e o bom estado dos pneus são fundamentais para circularmos com mais segurança. Há até quem tenha dois conjuntos de pneus, uns destinados ao verão e outros ao inverno. Recordem que com temperaturas baixas os pneus demoram mais tempo a aquecer…
- Aproveitar as benesses da tecnologia. Nem todas as motos têm ABS, modos de condução ou sistemas de medição de inércia e estes não evitam todas as possíveis ocorrências. No entanto, a se a sua moto os tiver, escolha o modo mais interventivo já que podem ser um “Anjo da Guarda Eletrónico” e a diferença ténue entre conseguir controlar a moto em segurança ou não.
- Condução focada. Ainda mais que nas restantes circunstâncias. Olhe para a via com atenção, para a sinalização e se a moto estiver equipa com um indicador de temperatura esteja mais alerta, sobretudo se a temperatura descer dos 3°C. Não se preocupe se os outros forem mais apressados. É a sua integridade que está em risco!
- Aprender a ler o piso. É algo que se faz quase naturalmente, mas não acredite que consegue ver ou antever tudo! Por exemplo, o chamado “gelo negro” tem a mesma cor do asfalto e aparece sem aviso, geralmente em partes mais húmidas ou onde o sol não chega. Sempre que possível evite estas zonas e, na dúvida, circule mais lentamente, mesmo conhecendo a estrada.
- Apostar na suavidade. Numa situação real pode ser difícil evitar o acidente, mas há formas de mitigar o risco, adotando um estilo de condução mais defensivo. Conduzir de forma suave, nomeadamente travar, acelerar, reduzir ou curvar, faz toda a diferença. Nestas circunstâncias não vale o risco de ter pressa. A sua vida pode estar em jogo e a pressa costuma ser má conselheira.
- Evitar os fatores de distração. Nestas circunstâncias, ainda mais que em todas as outras, é de evitar ir a comunicar ao telemóvel, com o pendura, a ouvir música ou focado na navegação. Todos os cuidados podem ser poucos e parar em segurança com piso gelado ou muito escorregadio pode ser uma missão quase impossível.
- Maior distância de segurança. Com o piso molhado ou húmido a distância de travagem aumenta, mas com neve ou gelo o perigo é ainda maior. Na prática nem podemos usar toda a capacidade dos travões. Mais vale circular de forma mais lenta e afastados dos outros veículos, até para reduzir o risco de sermos abalroados.
- Fazer o trabalho de casa. Mesmo que não seja para ir viajar, informe-se antecipadamente das condições meteorológicas. Esteja atento aos alertas e avisos e à sinalização existente. Estão lá por um bom motivo e ter essa informação antecipadamente pode fazer toda a diferença.
- Assumir que pode não valer o risco. Pode dar-se o caso de ser uma situação extrema em que não vale a pena arriscar: muita neve, gelo, granizo, vento forte… ou qualquer outro elemento de risco adicional pode surgir ou estar previsto e o melhor mesmo é não arriscar. Nesse caso talvez seja preferível iniciar a viagem um pouco mais tarde ou até mesmo, evitá-la!