fbpx
  • Revista Carros
  • Revista Motos
  • MotoSport
  • Moto Mais
  • OffRoad Moto
  • Mundo Náutico
  • Calibre 12
revistamotos.pt
  • Notícias
  • Crónicas
  • Competição
  • Dossiers
  • Vídeos
  • Mototurismo
  • Testes
  • Revistas Digitais
  • Assinaturas
  • PROJETO VVE
Sem resultados
Ver todos os resultados
revistamotos.pt
  • Notícias
  • Crónicas
  • Competição
  • Dossiers
  • Vídeos
  • Mototurismo
  • Testes
  • Revistas Digitais
  • Assinaturas
  • PROJETO VVE
Sem resultados
Ver todos os resultados
revistamotos.pt
Sem resultados
Ver todos os resultados

Ciclomotores e Motociclos que marcaram uma geração – Triumph Speed Triple 900

Redação Por Redação
1 Abril, 2023
em Crónicas, Notícias
0
ADVERTISEMENT
Share on FacebookShare on Twitter


Nota Introdutória:

Como previsto, a semana passada abordámos a minha primeira escolha na categoria das 900 cc, a muito apreciada e inovadora CBR 900 RR. A moto desta semana, apesar da cilindrada quase igual, não era uma concorrente direta, nem era esse o seu objetivo. A Speed Triple era e continua a ser uma moto especial e diferente. Um misto de café-racer e streetfighter que fez escola e ganhou lugar cativo na minha seleção por causa disso mesmo.

Permitam-me fazer um comentário prévio: já me tinham perguntado quando é que iria abordar a marca Triumph. É uma das marcas mais antigas ainda em atividade, tem um historial extraordinário, modelos marcantes e foi até muito popular no nosso país, sobretudo até à década de 70 e mais recentemente.

Está aqui a explicação de não ter sido abordada antes. Como já referi várias vezes, as crónicas são sobre motos das 3 últimas décadas do século passado e modelos intemporais como a Bonneville T120, lançada em 1959 e comercializada até 1974 são anteriores, sendo que na década de 70 a marca estava já numa situação agonizante a que não é alheia a gradual penetração das marcas japonesas que já abordámos anteriormente.

Assim, ainda antes de apresentar a eleita desta semana vamos aproveitar para contar, de forma muito sumária, um pouco da história da marca Triumph. Não confundir com a de roupa interior feminina!

Podemos recuar até 1884, ano em que um alemão de nome Siegfried Bettmann recentemente emigrado para Inglaterra (Coventry) monta um negócio de peças e bicicletas com o seu apelido, ou seja, Bettmann.

Três anos mais tarde muda o nome da companhia para New Triumph Co. Ltd e tem como sócio John Dunlop, o “tal” escocês responsável pela divulgação do pneu pneumático. Nesse mesmo ano junta-se a eles outro alemão, de nome Mauritz Schulte, que os desafia a alargar a atividade da empresa e logo no ano seguinte começam a produzir as suas próprias bicicletas.

Podemos considerar que as motos chegam um bocado mais tarde. Depois de várias vicissitudes, eis que em 1902, sob a direção de Schulte é criado o primeiro motociclo. É pouco mais que uma bicicleta com um motor com apenas 2 cv do fabricante belga Minerva, mas é o “pontapé de saída”!

Apenas 3 anos mais tarde a Triumph cria o seu primeiro motociclo “in house”, já com uma potência superior a 3 cv e praticamente 60 km/h de velocidade máxima, sendo que no ano seguinte já consegue uma produção anual de 1000 unidades!

Os desenvolvimentos e pequenos sucessos vão-se seguindo, mas é em 1913, um ano antes da I Guerra Mundial, que Schulte cria um protótipo de um motor de 2 cilindros com 600 cc e a Guerra é uma oportunidade de expansão para a marca que vende milhares de unidades para o exército, afirmando-se como marca independente e inovadora.

Após o final da guerra a marca passa por grandes transformações e também dificuldades, Schulte abandona a empresa… e é no meio de toda essa turbulência que, em 1937, a marca lança o seu motor de 498cc, o Speed Twin (T100) que se torna imagem da marca e ajuda à sua afirmação global, servindo de inspiração também para o modelo desta crónica.

Nova guerra mundial, vendas ao exército, fábrica de Coventry bombardeada pelos alemães… uma série de acontecimentos vários que culminam, em 1951, com a venda do fabricante à rival BSA por 2,5 milhões de libras.

Essa década e a seguinte são ricas de sucessos e de fracassos, mas a marca expande-se globalmente, lança novos modelos, liga-se ao cinema, por exemplo com Marlon Brando sobre quem já falámos aquando da Monster 600. Também consegue importantes vitórias na competição, mas a década de 70 acaba por ser fatídica e a falência está à espreita, sendo que em 1983 o investidor John Bloor decide “ressuscitar” a marca agora moribunda, mantendo assim vivo o nome Triumph.

É adquirido um terreno próximo de Hinckley e a produção começa a ser feita aqui, com destaque para o novo motor de 4 cilindros e 1200 cc, lançado em 1987, sendo em 1990 a marca no Salão de Colónia consegue o feito de apresentar 6 modelos: Trident 750 e 900, Trophy 900 e 1200 e Daytona 750 e 1000. Algo impensável para uma marca não nipónica!

Três anos depois a marca apresenta a sua novíssima Speed Triple 900 no Salão de Paris, em setembro e o futuro torna-se um pouco mais risonho. Vamos agora focar-nos nela.

 

N.º 33: Speed Triple 900 (T309)

 

A marca, agora sob a batuta de John Bloor, estava a renascer das cinzas! O objetivo não era vencer as japonesas em número de matriculações, mas antes voltar a afirmar-se como um construtor genuinamente britânico. Afinal de contas, trata-se de uma marca que praticamente “dominou” o panorama motociclístico durante as décadas de 50 e 60, um pouco por todo o mundo!

Quando chegou ao mercado, no início de 1994, veio preencher uma espécie de vazio que existia no mercado. Um nicho de mercado com imenso potencial e ainda pouco explorado, recuperando as melhores tradições das café-racers das décadas de 60 ou 70.

Ao olhar para ela quase que me imagino a estar em Londres nessa época, a ir beber um pint (para nós pode ser uma Imperial ou Fino, com cerca de meio litro) ao café Ace, verdadeiro ícone da cultura britânica da época e que ainda hoje deixa marcas e levanta sentimentos de nostalgia.

O exemplar que vos apresento, muito obrigado ao Mendes pela disponibilidade, simpatia e conhecimento sobre o modelo, é logo da primeira fornada, tendo sido matriculado em 1994 e é da cor mais comum, ou seja, o tradicional preto diabo, embora existam outras cores, caso do amarelo desportivo.

 

Infelizmente não está (ainda) completamente original, mas o dono está a fazer o longo percurso para lhe devolver a glória inicial. Por exemplo, os manómetros estão à espera de ser recuperados já que a compra de uns exemplares em bom estado tem um preço proibitivo e só existem mesmo através da importação, até porque as vendas do modelo no nosso país terão sido sempre em reduzido número.

Independentemente da perspetiva, a moto tem um visual impactante e que nos consegue cativar e seduzir, mas a moto é muito mais que isso e ainda bem!

Os componentes são de grande qualidade, incluindo uma forquilha dianteira kayaba multiregulável de 43 mm ou um bem dimensionado sistema de travagem, com 2 discos dianteiros de 310 mm e um traseiro de 255 mm, além de generosas borrachas com um dianteiro 120/70 ZR17 e atrás um enorme 180/70 ZR 17, ladeado por duas magníficas ponteiras de escape em negro.

O motor de 3 cilindros em linha, dupla árvores de cames, 12 válvulas e 885 cc não é um portento de potência, desenvolvendo 98 cv às 9.000 rpm, mas o binário é interessante com cerca de 83 nm às 6750 rpm. Ou seja, um motor que se mostra bem cedo, tipo 5.000, com uns médios regimes muito fortes. A opção por uma caixa de 5 velocidades faz sentido numa lógica de ter mudanças a alongar mais, mas assumo que sou fã das caixas de 6 velocidades, que a marca uso nas outras “variantes” deste motor, como vamos ver ainda nesta crónica.

Bastante fácil de conduzir, faz-nos carregar muito peso sobre a dianteira, bom para as curvas e mau para uma condução descontraída. Nota menos também para o peso elevado, acima dos 230 kg (depósito gigante de 25 litros) e para a sensação que transmite por o centro de gravidade estar muito alto, o que exige alguns cuidados acrescidos ao curvar ou em manobras a baixa velocidade.

Sobre os consumos (carburadores Mukuni de 36 mm) não esperem milagres. Mesmo que afinados e numa condução não muito exagerada é fácil ter consumos a rondar os 7/8 litros ou mesmo mais, o que para os dias de hoje assusta, mas estava na média na altura.

Tudo somado, é uma moto verdadeiramente especial e importante, com caraterísticas muito próprias e que a marca soube manter nas gerações seguintes, começando logo pela de 1997 em que lançou uma mudança de fundo (955), com os 2 faróis e foi popularizada por Tom Cruise em Missão Impossível II.

Este vídeo mostra bem a diferença entre a primeira geração e a atual e é quase um tributo:

 

Construção modular: vários modelos de uma só plataforma e motor

 

Mesmo para um multimilionário como Bloor fazer frente aos japoneses era impossível, mas a lógica de “se não os podes vencer… junta-te a eles” faz todo o sentido e já referimos vários exemplos disso, sendo que foi exatamente o que Triumph fez tendo por base a plataforma e o motor da Speed Triple.

Assim, de uma assentada só, a marca foi mais longe e disparou em várias direções, sempre na lógica de rentabilizar o investimento e chegar a um maior número de potenciais clientes e vários nichos de mercado.

A Tiger 900, que recuperava um nome com grande historial na marca, permitiu à marca entrar de rompante no segmento das maxi-trail, enfrentado a Africa Twin e XTZ. Era e continua a ser uma maxi-trail potente (cerca de 85 cv), mas também grande e muito pesada, com mais de 230 kg. Brilha sobretudo no asfalto e ainda hoje se encontra com relativa facilidade, em especial na cor azul. Vem equipada com caixa de 6 velocidades.

Outra declinação sobre a mesma base era a Daytona 900. Um modelo de caraterísticas desportivas e que é mais que uma Speed triple carenada, já que esse lugar pertence à Trophy 900. A Daytona tinha uma estética inconfundível com uma carenagem muito completa e 2 faróis bem separados. Foi ainda comercializada uma versão mais radical (e cara) a que a marca deu o nome de Super III que tinha a mesma base mecânica, mas uma potência mais de acordo com as suas caraterísticas desportivas: 115 cv, ajudada por uma caixa também de 6 velocidades.

 

Naturalmente que tenho que fazer menção à Trident 900. Foi ela a primeira a chegar, logo em 1991 e serviu de base para as restantes declinações, mas o destaque irá sempre, na minha perspetiva para a Speed Triple, a verdadeira fusão entre café-racer e streetfighter.

Nota menos ainda para os preços de comercialização que garantiam uma maior exclusividade aos modelos da marca, mas menos matriculações ao importador da época, a Abol Motos. Por exemplo, em 1993 uma Tiger 900 custava 1722 contos, uma Africa Twin 750 1390 contos e uma XTZ 750 1277 contos! Como dizia o outro “é só fazer as contas”!

A maior parte das fontes de informação não são portuguesas, tirando a honrosa exceção ao fórum café racer 351, apresentando-se agora alguns pontos de pesquisa que podem ajudar a saber mais sobre o modelo e até sobre a própria marca.

FedroTriple: site italiano com muita informação sobre o modelo, incluindo publicidade;

Mark1speedtriple: bom ponto de partida para o modelo. Muita informação;

Thevintageagent: para quem quiser saber mais sobre modelos históricos da marca;

TheSpeedTriple: fórum especializado sobre o modelo, em especial até 1996;

Triumphrat.net: fórum especializado em todos os modelos Triumph incluindo a Speed Triple;

Caferacer.net: fórum especializado em motos do tipo café racer, também sobre a Speed Triple;

Forumcaferacer351: fórum nacional para apreciadores das motos do tipo café racer e não só.

Para o próximo número vamos fazer novo salto na cilindrada! Vamos abordar a primeira moto das nossas crónicas com 1 litro de cilindrada, ou seja, os 1000 cc! Vai ser de uma marca japonesa e é o da primeira geração de um modelo que se soube afirmar com o passar dos anos como uma moto de exceção para quem quer viajar com todos os luxos a que tem direito. Sabem a que moto me refiro? Até sexta-feira!

 

Texto: Pedro Pereira

Tags: Cafe RacerCrónicasMotos clássicasTriumph Speed Triple

RELACIONADOS

Esta empresa de impressão 3D produziu uma moto
Notícias

Esta empresa de impressão 3D produziu uma moto

Não é preciso dedicar-se exclusivamente à impressão 3D para saber que ela avançou muito. Graças à introdução de polímeros...

Por Redação
30 Maio, 2025
Ducati inicia a produção da Desmo450 MX
Notícias

Ducati inicia a produção da Desmo450 MX

A produção da nova Desmo450 MX, a primeira moto de motocross da história da Ducati, está em andamento na...

Por Redação
28 Maio, 2025
Campeonato Nacional de Motocross decide-se em Fernão Joanes
Notícias

Campeonato Nacional de Motocross decide-se em Fernão Joanes

A penúltima jornada do Campeonato Nacional de Motocross disputou-se em Fernão Joanes no passado domingo, mas será preciso esperar...

Por Redação
28 Maio, 2025
BMW Motorrad apresenta a BMW Concept RR
Notícias

BMW Motorrad apresenta a BMW Concept RR

A BMW Motorrad revelou no prestigiado Concorso d’Eleganza Villa d’Este, em Itália, a nova BMW Motorrad Concept RR, um...

Por Redação
26 Maio, 2025
Próximo Post
Coleção UFO Plast 2023 já está disponível na Lusomotos

Coleção UFO Plast 2023 já está disponível na Lusomotos



ADVERTISEMENT
  • FICHA TÉCNICA
  • POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • TERMOS E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO
  • ASSINATURAS
  • CONTACTOS

Copyright © 2023 - revistamotos.pt

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Notícias
  • Crónicas
  • Competição
  • Dossiers
  • Vídeos
  • Mototurismo
  • Testes
  • Revistas Digitais
  • Assinaturas
  • PROJETO VVE

Copyright © 2023 - revistamotos.pt